quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Seis razões para o meu amigo indeciso votar na Dilma


Amigo indeciso,

Aqui quem te escreve é o Marcio.
Estou enviando essa mensagem indistintamente para todos os meus amigos. Ela, porém, é destinada exclusivamente àqueles que ainda estão indecisos em relação a quem votar para a presidência do Brasil.
Se você é um amigo que já decidiu em quem votar e está convicto, não perca seu tempo. Vote em quem você democraticamente escolheu. Pare de ler aqui. Vai cuidar de sua vida e seja feliz! Boa eleição!
Porém, peço ao amigo indeciso a gentileza e a consideração de continuar a ler. É muito importante para mim e, creia, para você também.

Meu amigo, estamos a dois dias da eleição que definirá o novo presidente do Brasil para o quadriênio 2014/2018. Se até esse momento derradeiro você ainda não sabe em quem vai votar, isso se deve certamente ao fato de que ainda não conseguiu enxergar em nenhum dos dois candidatos as qualidades que entende necessárias para alguém que pretende assumir a presidência. Mesmo assim, eu te peço veementemente:
Não vote nulo! Não vote em branco! Não deixe de votar! Não invalide o seu voto, pois você suportará as consequências!
Invalidar o voto não é solução e poderá resultar na escolha do pior. Acredite em mim: não é verdade que uma nova eleição é realizada quando certa quantidade de votos inutilizados é alcançada. Repito: isso não é verdade. Se alguém afirmar isso, ou não sabe do que está falando, ou está mentindo. Essa possibilidade somente existe no caso de votos anulados pelo juiz eleitoral, por causa de algum vício, nunca em votos nulos e brancos. Legalmente falando, voto nulo não é a mesma coisa que voto anulado.
Votos nulos e brancos são simplesmente descartados e a apuração da maioria que decidirá a eleição é feita a partir somente dos votos válidos.
Quando você vota nulo ou em branco, a lei diz que você não é nada!
Além disso, quem vota nulo ou em branco facilita a possibilidade de vitória do candidato com menor chance. Acompanhe o raciocínio: num universo de cem eleitores, o melhor candidato possui 55% da preferência, enquanto o pior candidato tem 45%. Porém, na eleição, 30% dos eleitores não comparecem ou depositam votos inválidos, sendo 25% constituídos por eleitores do melhor candidato e 5% por eleitores do pior candidato. Nessa hipótese, com somente setenta por cento de votos válidos, o pior candidato obteria 40% dos votos válidos e o melhor candidato somente 30%. O pior candidato venceria.
Portanto, quem deixa de votar muitas vezes pode definir a eleição... para pior!
Se você é meu amigo, se você me conhece, sabe que levo minhas coisas a sério, às vezes até a sério demais. Sabe, também, que sou honesto, que gosto de me dedicar a estudos, que não sou político profissional e que não recebo qualquer verba para fazer campanha política para algum candidato ou partido. Se agora peço voto, é por ideal, por acreditar que é possível construir um Brasil melhor, para mim, para minha família, para os meus amigos e para todos os brasileiros, principalmente a parcela mais necessitada de nossos irmãos tupiniquins.
E mais importante, sabe que jamais aconselharia um amigo a entrar “numa furada”.
Faço isso por considerar que há um perigo concreto de eleição de uma candidatura nefasta para o país.
Sem qualquer demérito a quem quer que seja, pois entendo que cada pessoa tem suas motivações e é livre para escolher o melhor modo de conduzir a própria vida, o fato inegável é que uma parcela significativa da população brasileira, talvez a maioria dos eleitores, não gosta de política, não lê sobre a política e muito menos aprecia discutir política. Grande parte irá votar movida pelos sentimentos disseminados pela imprensa, pelas matérias veiculadas no Jornal Nacional, na revista Veja, etc. Outros votarão no candidato que “acharam” mais seguro nos debates, no que fala melhor, no mais bonito e por aí vai. Ocorre que nada disso é de fato importante para ser presidente da República.
Prezado amigo indeciso, de forma nenhuma minha opção eleitoral é realizada dessa forma superficial. O meu voto não é um voto emocional ou estético. É um voto estudado, um voto refletido, um voto absolutamente consciente e fundado na razão, em números, em pesquisa, em discussões.
Pois bem, digo para você, amigo: dediquei um longo tempo a estudar e refletir sobre a política do Brasil e principalmente sobre esse momento eleitoral, um momento muito perigoso.
Por isso, quando o meu voto for depositado na urna, será um voto convicto na pessoa que considero mais adequada para dirigir esse país. A pessoa capaz de proporcionar ao Brasil, dentro das regras estabelecidas pelo atual e podre sistema político, as melhores condições para um crescimento econômico sem perda de emprego e de renda.
Se você é meu amigo, já sabe que esse candidato é do PT, a Dilma Roussef, e que isso não tem nada a ver com paixão, com “lavagem cerebral” ou outras idiotices desse tipo que afirmam sobre simpatizantes do PT, mas com puro pragmatismo político: vou votar em que acho melhor para mim e para todos os brasileiros.
Tenho um sem número de razões para votar no PT. Porém, para não ser mais chato do que já estou sendo, vou relacionar apenas seis motivos pelos quais resolvi continuar votando no PT, cada um deles com um breve fundamento. Gostaria que você refletisse sobre eles e acreditasse em mim quando afirmo que se tratam de informações absolutamente confiáveis, embora tenham sido escondidos pela imprensa. Aliás, você é capaz de encontrá-las acessando os canais certos através da internet. Faça isso.
Vamos aos meus seis motivos:
1º - Corrupção
A corrupção é um grave problema na política brasileira e todos os esforços devem ser realizados para combatê-la.
Não é um problema que atinge somente o PT, mas toda a política nacional, todos os partidos.
Ao contrário do que divulgam, o PT foi o único partido que governou o Brasil que enfrentou seriamente esse problema, não interferindo na atuação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal ou do Poder Judiciário. Essa é a razão de você tanto ter escutado falar em corrupção durante o governo do PT. No início, quanto mais se combate, mais aparece, até que, com o tempo, a luta surte efeito.
A corrupção não irá acabar nunca, mas pode ser diminuída.
São as operações da Polícia Federal e as varas da Justiça Federal que, no âmbito federal, investigam, combatem e julgam os crimes de corrupção. Durante os oito anos de governo do PSDB, com FHC, a Polícia Federal realizou um total de 48 (quarenta e oito) operações, ou seja, uma média de seis operações por ano. Nos doze anos de governo do PT, esse número saltou para cerca de duas mil e trezentas, o que dá uma média de mais de 190 (cento e noventa) por ano.
Ao assumir, o governo do PT encontrou cerca de cem varas federais. Agora já são mais de quinhentas.
Antes, havia interferência nessa ação ao ponto de chegarmos a ter um “engavetador geral da república”. Isso não existe mais. Hoje o governo não interfere no combate à corrupção, mesmo quando é ferido na própria carne, como se viu no mensalão.
O PT está fazendo o seu dever de casa
2º - Bolsa-família
O PT foi o primeiro partido a assumir a Presidência da República que realmente realizou um programa gigantesco, capaz de conjugar transferência de renda com redução da evasão escolar. Trata-se do bolsa-família.
Não é verdade que já existia antes, isso é papo de campanha. O que existiam eram diversos cadastros de pessoas beneficiados por vários programas distintos e cujos requisitos de concessão eram totalmente diferentes dos que hoje são exigidos para o bolsa-família. Esses cadastros é que foram aproveitados e, mesmo assim, eles somente atingiam cerca de dez por cento do contingente que hoje é beneficiado pelo bolsa-família.
O bolsa-família transformou a vida de milhões de brasileiros que estavam na miséria ou quase, colocando-os no mercado de consumo e com isso aquecendo a economia. A evasão escolar caiu drasticamente.
3º - Crescimento econômico
O PIB em 2002, último ano do PSDB, era de 1,3 trilhões de reais, hoje, com o PT, atingiu cerca de 5 trilhões de reais. Com isso, passamos da 13ª colocação mundial para o 7º lugar e estamos próximos de sermos a 6ª economia do mundo.
Com o PSDB na presidência o crescimento médio do PIB ficou em 2,29%, enquanto o crescimento médio durante o governo do PT está em 3,6%. O PIB per capita foi alavancado de 8,4 mil reais para 21,2 mil reais por habitante.
A taxa de desemprego média no governo do PSDB foi de 9,26%, a do PT ficou em 7,28%, taxa essa que é considerada pleno emprego. Durante o governo do PSDB, criam-se cinco milhões de empregos, enquanto nos governos petistas essa conta alcançou quase vinte milhões de novos empregos.
A taxa de juros Selic média do PSDB foi de 26,7%, a do PT está em 13,79%, com tendência de baixa.
O PSDB deixou um salário mínimo no valor equivalente a 86 dólares, hoje ele está em cerca de 300 dólares.
4º - Petrobras
Ao contrário do que estão te informando a Petrobras vai muito bem, obrigado. Quando FHC saiu da presidência, em 2002, a Petrobras possuía um valor de mercado de US$ 15,4 bilhões. Agora, em outubro de 2014, ela valia US$ 116,3 bilhões, o que inclusive a fez retornar à condição de maior empresa da América Latina. O governo do PT, portanto, fez o valor da Petrobras crescer sete vezes e meia o que ela valia no governo do PSDB.
Além disso, durante o governo do PT a Petrobras jamais lucrou menos do que o dobro do lucro obtido nos dois últimos anos do governo do PSDB, chegando a lucrar quatro vezes mais. O PT pegou a Petrobras no 122º lugar entre as empresas do mundo e hoje ela está entre o 20º e o 30º lugar (varia em função do valor das ações).
5º - Educação
Primeiro é importante saber que o governo federal não é o responsável direto pelo ensino fundamental e médio, que são da competência de estados e municípios. Ainda assim, através de convênio com os municípios, o governo federal já entregou mais de duas mil creches.
Além disso, o governo federal criou um projeto incrível, chamado “Caminhos da Escola”, dirigido a crianças e adolescentes que vivem em áreas de difícil acesso ou, nas cidades, para os que têm deficiência, através do qual, desde 2011, já foram entregues mais de 17 mil ônibus, 300 lanchas e milhares de bicicletas.
No que diz respeito diretamente à competência federal, o governo do PT, com Lula e Dilma, criou dezoito novas universidades federais públicas.
Até o ano de 2013, o Prouni concedeu mais de um milhão e duzentas mil bolsas de estudos para estudantes carentes estudarem em faculdades particulares, assim permitindo aos pobres terem acesso ao ensino superior
No Brasil, em 502 anos, desde Cabral até o ano 2002, último ano do governo tucano, somente foram criadas 140 escolas técnicas federais. Em doze anos do PT, somaram-se a esse número mais de quatrocentas novas escolas técnicas federais pelo país afora.
Os governos petistas criaram o Pronatec, o que permitiu o acesso de quase seis milhões de jovens brasileiros ao ensino técnico e profissional.
6º - Desenvolvimentismo x mercadismo
Desenvolvimentismo, uai, que palavrão é esse? É o modelo econômico adotado pelo PT, que privilegia a melhoria da infra-estrutura e o crescimento da produção industrial e, por conta disso, o crescimento do consumo. Nesse modelo há participação importante do estado na condução da política econômica.
É importante perceber que, nesse modelo, tanto o dono da fábrica, como o trabalhador, são beneficiados pela política econômica, pois o crescimento da produção traz a oferta de empregos e melhoria na renda, aumentando o consumo e fazendo a roda girar novamente.
Mercadismo é a política econômica que será adotada pelo PSDB se for eleito. Trata-se de doutrina ultraliberal que pretende o Estado praticamente fora do mercado, com privatização do patrimônio público ao máximo, se possível total, e com a maior desregulamentação possível, não somente com relação às regras de controle do mercado, como também trabalhista e previdenciária.
Essa política econômica não dá proteção à produção, entendendo que compete ao dono do dinheiro resolver em que setor irá investir, com liberdade plena para especular no mercado de títulos e em qualquer lugar do mundo. Assim, sem incentivo à produção, tampouco se garante emprego e renda.
Sob essa orientação econômica, o BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal imediatamente perdem importância, passando aos bancos privados o financiamento de fomento, agrário e imobiliário, por exemplo, e segundo suas próprias políticas de concessão e de juros.
Conclusão
Então é isso, meu amigo. Por mais que você esteja desiludido com a política, o fato é que temos a obrigação moral de optar por um dos candidatos. Voto em branco ou nulo é como se você estivesse escolhendo que a cadeira de presidente ficasse vazia por quatro anos, o que não é possível de ser realizado. Ainda que fosse possível, você já imaginou o caos que seria? Essa não é um escolha.
A sua decepção com a política deve ser resolvida através de movimentos populares a favor da reforma política. Existem alguns na internet, procure e adira àquele que estiver mais em sintonia com o que você pensa.
Deixar de optar, por outro lado, é uma inação com sérias consequências. Primeiro, porque pode favorecer o pior candidato. Segundo, porque você ainda assim terá que suportar. Terceiro, porque não altera absolutamente nada na política.
Se você não está confiante em quem votar, confie em mim, confie em minha amizade, confie em minha intuição. Ainda que por amizade, votem em minha candidata, vote Dilma, vote 13, vote Dilma 13.
Amigo, eu agradeço, o Brasil agradece e, tenho certeza, você me agradecerá no futuro.

do amigo, Marcio.

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