A
pretexto de "preocupação" com a qualidade da medicina
oferecida à população, as representações profissionais médicas
vêm adotando e apoiando as mais vis e preconceituosas medidas, o que
inclui divulgação de manifestações individuais de médicos
contendo insultos e ofensas de natureza pessoal contra médicos
estrangeiros, como demonstraram reportagens dos jornais de ontem
(27/08/2013).
Longe
de constituir um debate válido sobre a qualidade dos serviços
médicos disponibilizados, trata-se de pura xenofobia e proteção de
interesses cartoriais proveniente de uma classe profissional que é
possivelmente uma das mais prestigiadas pela sociedade, tanto que o
povo, equivocadamente, pelo invocativo de "doutor", título
acadêmico somente merecido pela elite do ensino e da educação
formal e obtido após um sacrificante curso de doutorado que exige a
construção de uma tese científica inovadora. Sem exceção, todo
profissional que aceita passivamente ser chamado de doutor sem
possuir direito à designação acadêmica é um fraudador em
potencial.