segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Unanimidade e inteligência


Aderir a qualquer unanimidade é fácil e sequer exige o uso da inteligência, pois faz parte de nossa natureza participar da vontade coletiva da manada mesmo quando ela se joga inteira no precipício.
O ser humano que age assim abdica da racionalidade, nisso se igualando a qualquer animal que viva em bandos. Talvez seja por isso que Nelson Rodrigues pontificou que toda unanimidade é burra.
A conduta inteligente é um pouco mais difícil e exige o uso da razão. Trata-se de, em meio à tormenta, à turbulência, no calor de uma multidão enfurecida, ser capaz de lançar uma visão global sobre o problema, refletir sobre as opções disponíveis e, de forma racional, escolher a melhor ou a menos pior delas.
Isso é o que nos diferencia, nos qualifica e nos torna seres pensantes e culturais.

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