segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Estados Unidos, liberdade de expressão, Joaquim Barbosa e algemas na jornalista brasileira



Os EUA são considerados o país da democracia e da liberdade de expressão, utilizado por considerável parcela da população brasileira como paradigma para a prática de um esporte muito popular: a explicitação de baixa autoestima através do louvor a uma nação estrangeira e depreciação do próprio país.
Será que a nação norte-americana é tudo isso mesmo ou não passa de puro exemplo de propaganda enganosa? Talvez a resposta à indagação deva ser buscada, não nos grandiosos números da economia norte-americana, mas nos detalhes. Afinal, como se sabe, o diabo mora nos detalhes.

Como exemplo de um detalhe bastante expressivo sobre a sociedade estadunidense, noticiou-se que, na Universidade de Yale, a polícia estadunidense prendeu a jornalista brasileira Cláudia Trevisan, segundo consta por ter ela tentado entrevistar o ministro de nosso STF, Joaquim Barbosa.
Foi presa dentro da universidade, sob a acusação de “invasão de propriedade particular”, embora estivesse num local sem restrição de visitação, acessível a qualquer turista. Como é de praxe nas terras de nossa conterrânea americana mais poderosa com relação a estrangeiros considerados menos civilizados, como indianos e latino-americanos, a jornalista brasileira foi algemada e permaneceu por cinco horas seguidas sem acesso a ninguém, em procedimento altamente questionável. Será que fariam isso com um jornalista americano?. É improvável.
Por outro lado, a blogueira cubana Yoani Sanchez, com a benção do governo americano e de toda a imprensa ocidental, porque posicionou-se contra o governo de Fidel Castro, viaja pelo mundo inteiro satanizando a ditadura de Cuba e a falta de liberdade de expressão e de imprensa na ilha comunista.
Aliás, o governo americano está se tornando cada vez mais restritivo em matéria de liberdade de expressão relativa a qualquer pensamento contrário ao dele. Veja-se o caso do Wikileaks, do soldado Branning, do Snowden, por exemplo.
Os EUA estão adotando dois pesos e duas medidas para a mesma situação de exposição de opinião? A exigência de liberdade de expressão somente vale para os que buscam disseminar ideias simpáticas ao ideário ianque?
Claro que sim. Trata-se de aplicação prática, pelos americanos, da famosa e brasileiríssima Lei do Ricúpero: "o que é bom a gente espalha, o que é ruim a gente esconde".

Veja só: os americanos estão copiando um elemento cultural dos governos brasileiros. Quem sabe os envergonhados de serem brasileiros encontrem nisso um motivo de orgulho?

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