segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Respeito à opinião alheia é sempre devido?

Muitas pessoas creem, com verdadeira fé, que Deus criou o ser humano e o colocou nesse planeta com o objetivo de crescer e se multiplicar indefinidamente. Esse pensamento religioso vem sendo propagada por séculos e séculos.
Aparentemente, estamos cumprindo bem o mandamento divino: já somos mais de seis bilhões no mundo.
Não cabe duvidar da sinceridade de quem acredita, fervorosamente, que Deus deu à humanidade superioridade e domínio sobre todos os outros seres. O problema é que essa crença se tornou um forte motivo para a destruição de diversos ecossistemas mundo afora. Afinal, se possuímos o direito divino de nos reproduzirmos sem limites, precisamos de todos os espaços possíveis e pouco importa o destino de florestas e animais. Eles existem para nos servir.
Na medida do possível, a opinião do outro deve ser respeitada. Não é possível, contudo, respeitar opiniões de quem fecha os olhos para o estrago já produzido pela humanidade. Como é possível defender, com seriedade, que o mundo ainda comporta mais pessoas? Não se pode respeitar uma opinião assim porque é irracional, não é inteligente.
Pensamentos assim são capazes de nos conduzir ao extermínio completo ou, numa hipótese menos catastrófica, supondo-se algum milagre científico salvador, implicar uma redução brutal no número de pessoas e a extinção da maior parte das demais espécies.
Não cabe respeitar quem pensa que temos esse direito. O respeito à opinião do outro encontra-se restrita àquela que, contrária ou não à nossa própria, possua fundamento e densidade racional a ampará-la.
Que respeito merece a ideia louca de um indivíduo que deseja explodir uma bomba atômica na cidade, alegando ter recebido “mensagem divina” que assim determina? Nenhuma.
Pensamentos equivocados devem ser combatidos ou, no mínimo, ignorados.

Não merecem respeito.

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