terça-feira, 19 de outubro de 2010

Eu acredito na homeopatia e meu tio, o saci pererê, também


É um absurdo as pessoas não acreditarem na homeopatia. Minha família a usa há cerca de duzentos e cinquenta anos e sempre funcionou. Meu pai, que é lobisomen, sofria de intensa azia quando sugava muito sangue. Após tratamento com homeopatia, pôde desfrutar de vários pescoços por noite sem qualquer problema.
Eu mesmo tinha uma mula sem cabeça que foi acometida de uma artrite na pata dianteira esquerda. Como, por motivos óbvios, ela não podia receber o tratamento via oral, injetamos nela uma solução homeopática intravenosa e rapidamente ela voltou a cavalgar, majestosa. Bem, talvez tenha passado a soltar um pouco menos de fogo pelas ventas (eu nunca entendi como é que mula sem cabeça podia ter ventas, mas o fato é que tinha).

E mais. Minha avó, que era metade sereia e metade medusa, por volta da meia-idade, aí com seus poucos trezentos e oitenta anos (a fofinha conta agora com quatrocentos e noventa e dois anos, está toda durinha e lúcida, lúcida), passou a esquecer das coisas com muita facilidade. Como possuía várias cabeças, não sabíamos por qual das bocas deveríamos administrar o remédio homeopático. Por via das dúvidas, demos o remédio por todas as bocas (eram treze). Rapaz, não somente funcionou, como hoje em dia sua memória é tão espetacular que ela se lembra até dos acontecimentos que ela não presenciou.
Não posso deixar de mencionar aqui o caso do meu tio, o grande Saci Pererê. Quer dizer, grande é força de expressão, pois ele é baixinho. Como todos sabem, ele tinha uma perna só. Eu digo tinha porque, após ser tratado com homeopatia, recuperou a perna ausente e aposentou-se, deixando de ser saci. Uma pena, porque cessaram as histórias de suas travessuras, mas pelo menos ele ficou curado e deixou de receber sua pensão por invalidez. Hoje é sapateiro famoso na Atlântida, no fundo do Pacífico.
Tenho diversas outras histórias familiares de uso da homeopatia, sempre com sucesso. Por tudo isso é que tenho por inacreditável que alguém ainda duvide dessa prática medicinal consagrada pela cultura popular.
Não ficaria mais perplexo com isso do que se alguém dissesse uma bizarrice tamanha, como por exemplo, que não acredita na Fada dos Dentes. Putz, ela é minha prima de primeiro grau e também foi curada pela homeopatia. Foi quando sua asinha diáfana sofreu um pequeno rasgo. Agora está voando que é uma belezura.

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